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domingo, 26 de agosto de 2012

Choupana à dentro - Sobre Sonhos e Bestas



Veja o meu desejo,
Choupana à dentro...
Escondido pelos cantos escuros.
Fugindo da brisa férrea.

Veja os meus olhos fecharem
E meus sonhos morrerem,
Deixando-me a mercê da realidade.

Realidade é aquilo que vemos
Quando estamos tristes,
Tão normal e monocromática
Com tendências agressivas,

Disposta a tudo...
Uma teoria do caos
Direcionada a ferir sentimentos.

Veja todo meu ser,
Entrar pela choupana...
Fugindo da realidade.
Indo para o mundo dos sonhos.



Buscando a névoa cósmica que flutua
Por entre os cantos da choupana,
Buscando outras dimensões,
Que tragam-me prazeres e bons sorrisos.

Veja todo meu ser,
Dentro da rede, no interior da choupana.
Inerte e de olhos fechados
A pele sente a brisa calma que há lá dentro
E a mente, no mundo dos sonhos...
Alegre e a Deriva...

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Céu Alaranjado e Rubro - Sobre sonhos e Bestas



Ah! Como eu procuro dentro de mim,
Aquela força dos deuses mitológicos.

clichê fim romântico dos filmes que vejo,
E alguém, que não precise me completar,
Mas que não me deixe continuar vazio.

Ah! O fim do dia me fascina,
Com todas as possibilidades da noite
E as cores alaranjadas e rubras do céu.
Anunciando qualquer coisa que me convêm. 

Ah! Como eu procuro por ai, 
Por alguém que me faça sentir bem.
Eu invejo você,
E toda a facilidade de não sofrer por amor
Ou, quem sabe, pelo menos parecer forte.

Ah! Que alivio sinto no primeiro suspiro,
Dos ares banhados pela noite...
Estranho desejo pelo escuro,
De estar escondido, e preso em sua caixa.

Ah! Como eu queria estar com você,
Tenho um coração quebrado, 
E milhares de pedaços para colar
Talvez eu perca alguns dias, sozinho,
Pensando por onde começar.
Você poderia se juntar a mim
E me ajudar a consertá-lo.

Talvez ele nunca mais seja o mesmo,
Mas ele será todo seu, 
E eu cuidarei e trocarei os curativos,
Sempre que você estiver por perto.

sábado, 18 de agosto de 2012

Interposto - Sobre Sonhos e Bestas


Leve-me embora,
Das negras ruas por onde caminho.
Estou feliz que você esteja conosco,
Mesmo que seja por apenas uma noite.

Diga-me, embora,
Eu saiba que minhas palavras foram em vão,
Veja as luzes se apagarem com o nascer do sol.
E volte comigo para minha tenda dos sonhos
Que não foram alcançados...

Toque-me, embora,
Eu acredite que meus bons sentimentos foram
E são espantados pelo medo da rotina.
E venha comigo para as noites eufóricas,
Até o sol nascer novamente...

Leve-me embora,
Das negras ruas por onde caminho.
Estou feliz por você estar comigo,
Olhe para o que há no final
Está tão escuro...
Meu sorriso sem graça,
E meus olhos tristes...

Leve-me embora,
Vamos dormir ao som das antigas canções,
Que costumávamos ouvir a noite inteira...


sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Autoestrada para o Paraíso do pecado

Descobrimos o segredo cedo demais,
E o sal do oceano perdeu o encanto.
Todas as fadas maravilhosamente imaginadas
Morreram em uma overdose de razão e álcool,
Junto aos belos duendes e os heróis de infância...

E todos os momentos esquecidos
E os meus sonhos perdidos,
Você é o melhor deles.

Éramos dois tolos tentando descobrir o mundo
E tudo o que havia debaixo de cada folha.
Mas, todas as respostas traziam mais perguntas.
E percebemos que nada mais fazia sentido.

E decidimos esquecer,
Nos torna um carro desgovernado
Na autoestrada para o paraíso do pecado.