Monólogo ao Rei Primata
- “- Agora tu, pequeno
inútil”.
- “-Agora tu, que queres
manter sob tua tutela o desconhecido? Ouvi ao longe dizer que, no interior do
homem, existia um Deus. Que maldito Deus seria esse? Que promulga a sua maldade
e faz-te matar teus semelhantes? Que maldito seria esse que te fez tão pequeno
em um universo tão imenso? E que agora anuncia o maior genocídio! A extinção de
uma espécie consciente.
- - Desgraçado, sejas tu. Que alimenta essa ideia, que afetará tantas vidas, e
que irá limitar tantas mentes.
- - Mas, quem sou eu? Para te julgar, eu também sou um idiota, um inútil. Um
primata...
- - Tu que é o Rei dos primatas, e que veio do barro, e que veio da virgem, e que
veio de Zeus, e que veio do céu, e que veio do mar, e que terá o mesmo fim que
eu... Conte-me no que pensas quando milhares de vidas são determinadas por
você? Você acredita ter o poder, mas você se torna refém do poder. E perde a
sua liberdade, tão terrivelmente, quanto à liberdade que tirou de seus servos.
- - Rei primata! Estamos fadados aos perigos da consciência.”
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